Um trabalho de autoria da fisioterapeuta Thais Regina Frata Fernandes, a publicação tem como objetivo orientar os profissionais de saúde e o cuidador familiar quanto o manejo das atividades diárias, com conexão, afeto, promoção de habilidades e prevenção.

Fonte: Rede brasileira de cuidados paliativos pediátricos

Paliativos Sem Fronteiras Brasil apoia o 1º Simpósio sobre o uso racional de Opioides da América Latina que acontecerá no Progidy Hotel – Santos Dumont | RJ nos dias 15 e 16 de setembro de 2023.

Serão dois dias de muito aprendizado onde renomados especialistas discutirão sobre o uso racional de opioides com a finalidade de aumentar a eficácia clínica e diminuir os riscos inerentes a essa classe de medicamentos, tais como: rodízio de fármacos, indicações e contraindicações, uso em condições clínicas especiais, técnicas de desmame, risco de dependência, dentre outros temas.

O II Simpósio Brasileiro de Cuidados Paliativos Pediátricos é uma iniciativa da Rede Brasileira de Cuidados Paliativos Pediátricos, organizado pelo Núcleo de Estudos em Dor e Cuidados Paliativos da Universidade Federal de São Carlos (https://www.instagram.com/nedpaliufscar/).

O evento ocorrerá nos dias 23 e 24 de setembro de 2022, com transmissão ao vivo pelo YouTube da Rede Brasileira de Cuidados Paliativos Pediátricos. Neste evento online e gratuito, haverá a oportunidade de trocar experiências, conhecer realidades diferentes e aprender sobre os diversos temas que norteiam a atuação dos Cuidados Paliativos Pediátricos!

Dr Zemilson Bastos B. Souza*

Os problemas pertinentes a manutenção dos direitos nos cuidados no fim da vida ocorrem em todo o mundo. Ao ser considerado apenas o diagnóstico de câncer e doenças do sistema circulatório, a realidade mundial configura-se de forma heterogênia e diretamente relacionada as características políticas e econômicas de cada região e países.

   No Brasil, os fundamentos conceituais que envolvem o fim da vida são constituídos por um conjunto de expressões, que por vezes confundem a sua compreenção e resultam em equívocos interpretativos. Dessa forma corroboram negativamente para o desenvolvimento de estratégias de saúde de uma maneira mais ampla e inclusiva. O sistema de saúde dicotomiza-se em serviços públicos¹ e privados² . Cerca de 27,9%³ da população encontra-se amparada por serviços de saúde privados suplementares⁴ , com alto consumo de recursos financeiros, diretamente relacionados a crescente demanda por tecnologia.
   O Cenário caracteriza-se pela valorização da assistência de alta complexidade, onerosa e altamente tecnológica. Um contrasenso, quando avaliamos a Declaração de Alma Ata⁵ , que nos últimos anos do século XX, propunha a priorização da assistência nos cuidados primários. As linhas de cuidado são frágeis, praticamente inexistentes, o que demonstra que o modelo mantém um caráter territorialista sob o ponto de vista da assistência, que dificulta a integração dos diversos níveis de cuidado, fundamental para a prevenção, segurança e resultado terapêutico para o enfermo. Torna-se necessário o desenvolvimento e gestão de linhas de cuidado integrais, que possam oferecer processos, fluxos, protocolos assistenciais, planejamento terapêutico e projetos de prevenção, desde a assistência básica a alta complexidade⁶. Desta forma, estariam cobertas desde ações de prevenção a doenças até os cuidados no final da vida, para os pacientes com doenças ameaçadoras da vida; e suporte ao luto para os cuidadores.

*Responsável PSF Brasil

Autores: Leoncio Bento Bravo, Ana M.- Gutiérrez Martinez, M. Teresa Martinez Iturriaga, Fernando Rivilla Parra, Antonio Villalonga Morales. 

Este livro é o resultado da experiência de cinco médicos espanhóis com profissionais africanos em diferentes hospitais ou clínicas de atenção primária, em Camarões, República Democrática do Congo, Uganda, Serra Leoa, Libéria, Gana, Benin, Senegal e Togo na África Oriental e ocidental. São países onde a doença não distingue entre pandemias ou casos únicos, mas afeta crianças e adultos ou indivíduos ou famílias que vivem em um ambiente diverso do nosso, mas com problemas sociais semelhantes.

O objetivo deste Atlas de Patologia editado pelo Paliativos Sín Fronteras, é apresentar e divulgar a experiência dos autores para o uso do ensino em centros de saúde africanos e em qualquer ambiente de prática clínica em países emergentes e como um Guia de Campo para o diagnóstico diferencial de doenças tropicais enfrentadas por médicos e profissionais de saúde que trabalham em locais onde não existem muitos métodos de diagnóstico nem a experiência acumulada ao longo dos anos.

As doenças são descritas em diferentes capítulos distribuídos por regiões anatômicas, nas diferentes fases da vida, mostrando problemas médicos ou cirúrgicos de origem infecciosa, traumática, neoplásica ou malformativa, que foram tratados pessoalmente pelos autores com as medidas disponíveis naquele cenário e naquele momento. Cada caso clínico dos 350 que o livro contém, descreve sucintamente os dados clínicos diagnósticos ou terapêuticos mais relevantes, sem tentar aprofundar cada um deles, para os mostrar com a maior qualidade possível.

Cuidar do próximo é responder incondicionalmente ao rosto que sofre; é abraçar, encorajar e humanizar a vida até o fim. A ética do cuidado que surge da dor ou do sofrimento cria um sentido de viver tanto no receptor quanto naquele que doa seu esforço e saber. Este livro apresenta a doença e a desigualdade. Pretende oferecer o melhor dos nossos esforços e do nosso coração, para que os profissionais próximos as pessoas mais vulneráveis, continuem no seu trabalho e desejo de curar, confortar as famílias, tornar  rostos desanimados, doentes ou abandonados, mais dignos e humanos, que se refletem em nosso ser carregado de esperança.

Paliativos Sín Fronteras parabeniza os autores que realizaram este trabalho que alia ciência, amor e compaixão.

É essencial reconhecer os valores e desejos dos pacientes e focar no seu conforto e ajudá-los a viver o presente. É cuidar da vida que fica, não só da doença. Os cuidados paliativos  aumentam a sobrevida com qualidade, especialmente se forem aplicados precocemente, tratam e previnem a dor, o sofrimento e a hospitalização.

O livro ”Cuidado do doente em fim de vida e atenção a sua família” dos autores Wilson Astudillo A., Carmen Mendinueta A. e Edgar Astudillo A., é mais um projeto bem sucedido de Paliativos Sín Fronteras e conta com  a colaboração de 78 especialistas. Cobre a maioria dos aspectos teóricos necessários para o cuidado do paciente e de sua família. Destaca as possibilidades dos cuidados paliativos para amenizar o sofrimento de adultos e crianças que se deparam com doenças que colocam em risco suas vidas ou comprometem a sua qualidade de vida.

Cuidar representa o desejo de ajudar, de esforçar-se para salvar, conservar, proteger ou sustentar a vida do outro, de modo a garantir que seja abrangente para atender as múltiplas necessidades físicas, mental, espiritual e existencial das pessoas. Será centrado no paciente e não na doença e levará em consideração sua biografia pessoal, seus medos e suas preocupações através de uma comunicação eficaz. Esta atividade experimentou uma melhora perceptível nos últimos dois séculos a custa de uma melhor compreensão da causas das doenças, o surgimento de novos tratamentos médicos e de enfermagem, combinado com os avanços culturais, industriais e da saúde. Sua profissionalização tem possibilitado o desenvolvimento da medicina e das ciências Social.

“Dê-me a sua mão” é um livro original, escrito com o coração. Um livro ágil, vivo, próximo, cheio de frescor e fácil de ler. É um livro escrito na primeira pessoa, pois reflete vivências da trajetória profissional da autora e faz parte de sua autobiografia. É enriquecido com cartas de crianças e de pais e com inúmeras anedotas. Embora não seja um guia para o tratamento de crianças com câncer, são fornecidas pinceladas para que a sua vida e a de seus pais seja o mais confortável possível.

Dá-me a tua mão é um hino de esperança, desmistifica a palavra câncer que muitos ainda identificam com a morte. Enfatiza o alto índice de cura desses pacientes, próximo aos 80%, número superior ao obtido em outras doenças pediátricas. Hoje, felizmente, contam-se centenas de jovens curados do câncer infantil. Para a autora, o desafio mais bonito e satisfatório da equipe que trata essas crianças, é que elas se curem e alcancem a idade adulta totalmente integradas na sociedade.

“DÊ-ME A SUA MÃO” É UMA OBRA GENTILMENTE DOADA A PALIATIVOS SÍN FRONTERAS PELA AUTORA, ANA MARÍA ÁLVAREZ SÍLVAN.