O ano de 2020 foi um ano para não esquecermos devido a pandemia da Covid-19 que, embora esteja a causar muito sofrimento no mundo, também tem promovido um fortalecimento da ciência e da cooperação internacional ante a fragilidade dos sistemas de saúde frente às novas doenças virais, para nos protegermos, uma vez que somos todos uma única humanidade.
A pandemia da Covid-19 abriu várias frentes: uma na saúde, devido ao grande número de pessoas afetadas pelo contágio do vírus, aos graves efeitos da tempestade de citocinas produzida pelo SARS CoV-2 que desencadeia uma série de alterações com acentuada hipoxemia e alta mortalidade e outra devido a falta de medicamentos adequados e a escassez de equipamentos tais como respiradores, com resultante sobrecarga para as unidades de cuidados intensivos.
Outro desafio, tem sido a grande pressão a que os profissionais de saúde têm sido submetidos ante a necessidade de assumir decisões em face do desastre e o confinamento para prevenir a propagação da doença. Assim como a solidão forçada do paciente gravemente enfermo que tem impedido muitas famílias de acompanhá-los e de se despedir, adicionando-se o grande impacto sobre o consumo e o trabalho, com consequente reflexo na economia global.
Notas Paliativas 2020, faz um convite ao leitor, para uma reflexão a cerca da solidariedade e da cooperação internacional.
“O único caminho que temos é ouvir, compreender, defender e financiar os cientistas e lembrarmos que estamos todos no mesmo barco”
Wilson Astudillo